O mundo das bruxas está prestes a abrir suas cortinas mais sombrias. A saga Majo Suiri (A dedução da bruxa), escrita por Makoto Sanda, acaba de ganhar vida em um novo formato: o mangá. O anúncio veio acompanhado do lançamento oficial da adaptação desenhada por Yū Mitsuki no portal Kadocomi, da Kadokawa.
E como toda boa história envolta em sombras, o mistério não fica só nas páginas — ele respira junto com o leitor, se esconde nas entrelinhas e promete arrepiar até os mais céticos.
Entre bruxas e enigmas
A trama gira em torno de Kunori Orizue, uma jovem de beleza quase etérea, mas com um olhar que parece carregar segredos que ninguém ousaria decifrar. Autoproclamada “bruxa”, Kunori atrai acontecimentos estranhos como um ímã atrai ferro. Nada nela é por acaso, e cada gesto esconde mais perguntas do que respostas.
Mas o destino, caprichoso como sempre, a coloca novamente frente a frente com Takumi, seu amigo de infância. O reencontro, que poderia soar como uma memória doce, logo se transforma em uma rede de acontecimentos inexplicáveis. A cada passo, Takumi mergulha mais fundo no labirinto de enigmas que rodeiam Kunori — e talvez nunca encontre a saída.
Da literatura para o traço sombrio
A jornada literária da saga começou em agosto de 2023 com o lançamento do primeiro volume. Já em dezembro do mesmo ano, uma segunda parte ampliou o universo criado por Sanda, desta vez reforçada pelas ilustrações de Kaomin, que deram corpo a um clima sombrio, quase sufocante, como se cada página sussurrasse um presságio.
Agora, com o mangá de Yū Mitsuki, o mesmo universo ganha movimento, ângulos e silêncios visuais que transformam a leitura em uma experiência quase ritualística.
Makoto Sanda: o maestro dos mundos ocultos
Se tem alguém que entende de misturar mistério com fantasia, esse alguém é Makoto Sanda. Não é de hoje que o autor se aventura por universos densos e cheios de camadas. Entre seus trabalhos de destaque estão:
-
Rental Magica (2004–2013), que rendeu 24 volumes e uma adaptação em anime de 24 episódios em 2007.
-
The Case Files of Lord El-Melloi II, ambientada no universo Fate/stay night, com direito a anime em 2019 e um especial em 2021.
-
O spin-off The Ancient Magus’ Bride: Wizard’s Blue, criado em parceria com Isuo Tsukumo, publicado de 2019 a 2024.
E como se não bastasse, Sanda também foi Dungeon Master na lendária campanha de RPG Red Dragon, que inspirou o anime Chaos Dragon. Nada mal para quem já dividiu mesa com nomes como Kinoko Nasu (Type-Moon) e Gen Urobuchi (Fate/Zero).
Por que isso importa?
A adaptação de Majo Suiri não é apenas mais uma novidade no calendário de lançamentos. Ela traz consigo um convite: mergulhar em um universo onde cada detalhe pode ser uma pista, onde nada é exatamente o que parece e onde até a brisa que passa pela janela parece carregar uma mensagem cifrada.
5 impactos práticos dessa novidade:
-
Leitores de Makoto Sanda ganham mais uma porta de entrada para seu universo gótico.
-
Fãs de mistério e sobrenatural têm uma nova obra para acompanhar.
-
O mangá pode atrair novos leitores para as light novels originais.
-
A adaptação fortalece ainda mais a presença de Kadokawa no mercado internacional.
-
Cosplayers e criadores de conteúdo terão novos personagens icônicos para explorar.
Um feitiço visual prestes a começar
Majo Suiri chega em forma de mangá como quem acende uma vela em uma sala escura: pequena no início, mas com potencial de revelar tudo ao redor. Para quem já acompanha o trabalho de Makoto Sanda, é a chance de se perder em mais um de seus labirintos narrativos. Para os curiosos de primeira viagem, pode ser o início de uma fascinação duradoura.
E então, vai encarar o chamado da bruxa?
Quer que eu dê um tom ainda mais jornalístico, como se fosse uma nota para portal de cultura pop, ou prefere manter essa pegada mais literária e imersiva?