Prepare-se: o caos vai ter hora marcada. No dia 18 de julho, às 19h05 (horário da Espanha), estreia oficialmente Nukitashi The Animation, uma adaptação que já nasceu polêmica — e que agora chega em três versões distintas, cada uma com um nível diferente de censura. A proposta? Ser ao mesmo tempo sátira, crítica social, comédia sem filtro e, claro, um anime adulto que não tem medo de se meter em águas turbulentas.
Uma ilha, uma lei insana e três formas de assistir
Inspirado no visual novel adulto da Qruppo, cujo nome imenso e provocador é algo como “Eu vivo numa ilha de tarados, o que eu faço com meus peitos pequenos?”, Nukitashi chega à TV com a mesma energia caótica que conquistou milhares de fãs desde 2018. E pra dar conta da controvérsia que envolve a trama, três versões foram confirmadas:
🌶️ Versão “Ilha Seiran”
É a mais ousada de todas — sem censura, sem cortes, sem vergonha. Vai ao ar no canal AT-X e estará disponível também em Blu-ray.
🫣 Versão para streaming
Aqui a pimenta é mais suave. Tem censura parcial, mas ainda conserva bastante da proposta original. Vai depender da plataforma.
🧼 Versão totalmente regulada
Feita para canais de TV aberta como BS11, Gifu Broadcasting e KBS Kyoto, essa versão tem censura pesada, pronta pra evitar ataques cardíacos em horário nobre.
Elenco de peso e vozes que os fãs vão reconhecer
Boa parte do elenco vem direto do jogo original, com nomes conhecidos e queridos pelos fãs:
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Kōhei Yanagi como Junnosuke Tachibana, o protagonista revoltado
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Minori Ozawa, Shizuka Ishigami, Masumi Tazawa e outros grandes nomes dando vida (e voz) às figuras centrais da trama
Há rumores de que dubladoras do jogo original voltarão, agora sob seus nomes reais — algo comum quando se pula da indústria adulta para o mainstream. Mas, por enquanto, nada confirmado.
Por trás do caos, uma equipe criativa afiada
Se engana quem acha que Nukitashi é só zoeira. Por trás das cenas picantes e do humor absurdo, tem gente séria conduzindo o navio:
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Direção de Nobuyoshi Nagayama (Happy Sugar Life)
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Roteiro de Kenta Ihara (Tsukimichi, Mieruko-chan), com supervisão direta dos criadores do jogo
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Design por Kumata e trilha sonora assinada por um time criativo liderado por Hamedori-kun, da própria Qruppo
Tudo isso somado forma uma obra que, apesar do tema picante, mira muito além do fanservice.
Uma história que vai além do erotismo
A premissa é tão absurda que poderia ser real: em Seiran, uma ilha onde leis bizarras obrigam os habitantes a participarem de “atividades sexuais obrigatórias”, nasce o movimento de resistência No Love No Sex. E é aí que a crítica social entra.
Por trás das piadas, há um retrato sarcástico de normas sociais extremas, controle estatal do corpo, e o eterno conflito entre desejo e liberdade. Parece exagero? É — mas esse é o ponto. É o tipo de história que coloca o dedo na ferida, mesmo rindo.
Por que isso importa? 5 impactos reais dessa estreia:
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Amplia os limites do que pode ser adaptado para anime, trazendo o debate sobre censura, liberdade criativa e classificação indicativa.
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Torna o visual novel mais acessível para públicos que não jogam, ampliando sua mensagem crítica.
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Reforça a importância de múltiplas versões, permitindo que diferentes públicos escolham o que querem (ou não) ver.
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Chama atenção para o talento de estúdios menores como Passione, que ousam onde outros hesitam.
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Coloca temas sociais delicados em pauta, mesmo que sob uma camada (ou várias) de nudez e absurdo.
Conclusão: vai rir, vai corar, vai pensar
Nukitashi The Animation não é um anime pra assistir com a família no sofá. Mas também não é só sobre nudez gratuita. É uma mistura explosiva de crítica, comédia, ousadia e inteligência, que cutuca a hipocrisia da sociedade moderna — tudo com muito deboche e uma produção que sabe exatamente o que está fazendo.
Se você busca algo diferente, provocativo e até incômodo — no bom sentido —, essa é sua chance. A ilha está aberta. A resistência começa dia 18. Vai encarar?