Prepare-se: o futuro chegou com pancadaria, jazz psicodélico e uma pitada de caos. “Lazarus”, a mais nova obra do mestre Shinichiro Watanabe (sim, o mesmo de Cowboy Bebop), acaba de ser indicada ao Emmy 2025 — e não é por qualquer motivo. A série foi nomeada na categoria de Melhor Tema Musical de Abertura, graças à trilha sonora de arrepiar composta por Kamasi Washington, com a faixa “Vortex”. E se você acha que isso é só mais um anime qualquer... bem, segura esse hype.
Uma bomba visual e sonora direto do futuro
Imagine um 2052 onde o mundo vive uma “paz milagrosa” por conta de uma droga chamada Hapuna, criada pelo enigmático Dr. Skinner. Tudo parece perfeito... até ele desaparecer. E quando ressurge? Traz consigo um aviso apocalíptico: todo mundo que usou Hapuna vai morrer. Plim. Só isso.
É nesse cenário que nasce a força-tarefa Lazarus — um grupo de cinco agentes internacionais que têm a ingrata missão de correr contra o tempo e impedir a catástrofe. E olha, essa galera não veio pra brincar. A ação é desenhada com precisão cirúrgica por ninguém menos que Chad Stahelski, o mesmo que fez John Wick parecer uma dança de balé com armas.
O time dos sonhos: de jazz a adrenalina
Além da direção geral por Watanabe (que não apenas criou, mas dirigiu cada episódio com suas próprias mãos), o time criativo conta com:
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Kamasi Washington, Floating Points e Bonobo comandando a trilha sonora
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The Boo Radleys na música de encerramento
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Um elenco de peso com Mamoru Miyano, Maaya Uchida, Megumi Hayashibara e Kōichi Yamadera
Ou seja, é como se uma jam session entre o jazz e a ficção científica tivesse saído direto da cabeça de um gênio e virado anime.
De Toonami para o mundo (e para os Emmys)
A série estreou pelo bloco Toonami do Adult Swim nos EUA e, no dia seguinte, desembarcou na plataforma Max. No Japão, o lançamento foi simultâneo pela TV Tokyo. Com 13 episódios, “Lazarus” já conquistou um público fiel e críticos, graças ao seu ritmo frenético, enredo provocador e estilo audiovisual que é puro deleite.
Ah, e caso você esteja se perguntando se é só som bonito e porrada... não. A série mergulha em temas densos como manipulação farmacêutica, utopia falsa, escolhas morais e o eterno dilema: até onde vai a humanidade em nome da "cura"?
5 impactos práticos que esse anime pode trazer pra você
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Reacende o gosto por animes com roteiros adultos e densos, longe do arroz com feijão escolar.
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Serve como reflexão sobre ética médica e dependência farmacêutica — sim, dá pra pensar enquanto se emociona.
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Apresenta uma nova geração à genialidade de Watanabe, com tudo que ele sabe fazer de melhor.
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Une fãs de ação, ficção científica e música numa mesma experiência sensorial.
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Abre portas para mais animes serem reconhecidos internacionalmente, inclusive em premiações como o Emmy.
E aí, vai perder essa revolução?
Se você ainda não viu “Lazarus”, tá esperando o quê? Não é só mais um anime de ação. É um aviso disfarçado de arte, uma trilha sonora que entra nos ossos e uma história que morde — mas também faz pensar. A indicação ao Emmy é só o começo. O mundo pode até ter entrado em colapso no universo da série… mas aqui fora, o futuro do anime nunca foi tão brilhante.
Assista. Sinta. Questione. “Lazarus” não é só uma série — é um chamado.